Enquanto a economia brasileira se encontra com seu PIB encolhendo há três anos consecutivos, o setor florestal caminha na direção oposta. De acordo com Carlos Aguiar, presidente do conselho deliberativo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção florestal brasileira somou R$69 bilhões no ano de 2015, o que corresponde a 6% do PIB nacional. Além disso, foi responsável por manter cerca de 540 mil postos de trabalho diretos.
Em outubro de 2016 aconteceu o 49º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel (ABTCP), onde foi discutido de que forma as alterações climáticas abrem portas para um novo campo de atuação dentro do setor florestal. Esse novo campo de atuação seria a captura do gás carbônico como forma de compensar as emissões de poluentes geradores do efeito estufa, que causam, consequentemente, o aquecimento global.
A questão é: as florestas plantadas constituem uma boa alternativa para aproveitar o carbono, transformando-o em material rentável. No Brasil, temos como exemplo claro a celulose, o papel, papelão e produtos oriundos da madeira. Ocupamos a quarta posição no ranking mundial dos produtores de celulose, gerando 17 milhões de toneladas por ano.
- “O Brasil segue na dianteira, porque mantém investimentos contínuos em pesquisas florestais e em processos industriais, conseguindo apresentar o menor custo de produção por tonelada de celulose de fibra curta” – comentou Carlos Aguiar.
Além disso, o avanço da tecnologia de processamento das árvores, principalmente para obtenção da celulose, permite alargar ainda mais os horizontes. Surgem a partir daí métodos mais econômicos e sustentáveis de produção e também a introdução de ideias como a das biorrefinarias.
No caso do Brasil, ainda é preciso definir critérios para a precificação do carbono, de modo a viabilizar a emissão de créditos. “O setor florestal é altamente superavitário e já aproveita essa disponibilidade nos seus resultados, mas o país precisa entrar firme na economia de baixo carbono e a pressão dos consumidores é essencial para isso”, afirmou Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá.
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Fonte: Celulose Online
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